domingo, 28 de fevereiro de 2010

Carnival is over

Acabou.
Frio e chuva durante todo o dia. Só para lembrar que eu amo São Paulo. Só para lembrar que eu não vivo sem ela e que tento viver sem você.
Acabou o Carnaval. Não fiz sexo de alto risco, pra me arrepender e ficar com medo de morrer de DST. Não mesmo, me ausentei do batuque e da transmissão televisiva.
Pobre Carnaval, uma festa onde a diversão tem que ser organizada como uma parada militar, pra render um "DEZ, nota DEZ"!
Eu não enlouqueci no Carnaval. Quem mais enlouquece no Carnaval?
Só fico perplexo porque vi que milionárias como Madonna e Paris Hilton ganharam cachês de milhões de dólares para comerem e beberem às custas de nós, pobres terceiro-mundistas.
Enfim, acabou o Carnaval, eu não enlouqueci, quem enlouqueceu?
Festival de corpos nus, com bundas e peitos de silicone e músculos trabalhados com anabolizantes. Festival previsível, todas as perguntas previsíveis.
O Carnaval acabou, morreu mais gente do que numa pequena guerra, nem em zona de conflito morre tanta gente quanto nesse feriado.
O Carnaval acabou. Agora podemos voltar a ser falso-moralistas, a cobrir peitos e bundas e nos revoltarmos com os "atentados ao pudor".
Acabou o Carnaval, pra você e pra mim.
Logo a temperatura do sol baixa, chega o inverno, e a vontade de você volta a ser outra vez insuportável.
O Carnaval acabou, não tem mais bateria, bandinha de sopro ou trio elétrico.
Enfim...

Say goodbye my own true lover
As we sing a lovers song
How it breaks my heart to leave you
Now the carnival is gone

High above the dawn is waiting
And my tears are falling rain
For the carnival is over
We may never meet again

Like a drum my heart was beating
And your kiss was sweet as wine
But the joys of love are fleeting
For Pierrot and Columbine

Now the harbour light is calling
This will be our last goodbye
Though the carnival is over
I will love you till I die

(the carnival is over)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dias velozes

Pensei que não chegaria a escrever sobre este tema aqui.
Há dois livros fantásticos do Antigo Testamento, que todos deveriam ler independentemente de ser judeu, católico, mulçumano, protestante, ortodoxo, budista, hindu, ateu, agnóstico ou qualquer outra coisa.
São estes livros o Livro de Jó e o Eclesiastes.
No Livro de Jó, há um capítulo primoroso, o capítulo sétimo. Conheço poucos textos com tanta profundidade e com tanto peso existencial.

"Meus dias são mais velozes que a lançadeira do tecelão; e perecerão sem esperanças"(Jó, 7:06)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Retorno

Tenho projetos ambiciosos que ainda não abandonei, mas cuido deles sozinho, como já me acostumei a fazer.
Estou chegando ao ponto que quero. Estou encontrando a concepção de tempo que eu quero passar às pessoas.
Meu melhor trabalho está quase pronto, só faltam alguns detalhes, que estarão completos no mês de março (que eu prevejo que será bem conturbado).
A história está quase sendo reescrita em sua última e melhor redação.
É isso!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Paciência

sábado, 13 de fevereiro de 2010
11:32


Avaliando as coisas da última semana pra cá, percebi que o que me oprime é o confinamento.
Nesta cidade vivemos confinados, presos, esperando, indo incessantemente de lá para cá.
A vida precisa de amplitude, os horizontes precisam ser alargados. A vista de uma janela de 1mx0,50m é muito pouco, é preciso mais.
Uma estrada infinitamente grande, ver onde as nuvens tocam o chão, ver lá longe, onde a terra se curva, ver as luzes da cidade ao longe.
O homem não merece o que a cidade oferece a ele.
O paulistano não merece o que os seus governantes lhes dão. O medo, a pressa, a perda de tempo, o ar imundo, a cidade imunda e descuidada e o risco a cada saída de casa.
Merecemos mais!
Será que a única saída para a cidade é a saída da cidade?
Espero que não. É impossível não ter um caso de amor por esta cidade, tão cheia de possibilidades e de novidades a cada olhar, a cada esquina e em cada face.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A felicidade

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
17:57

A felicidade existe!
Ela está em qualquer lugar em que não é preciso procurar para encontrá-la.
Para os seres urbanóides a felicidade é uma coisa longínqua, inatingível até.
Ela parece estar em títulos, em um cargo melhor, em um novíssimo carro importado.
E ela se perde fácil, se perde nas longas horas de espera, se perde nos desencontros dos amigos que nunca podem estar juntos para conversarem e se divertirem. Todos têm sempre algum compromisso urgente ou estão muito cansados!
A felicidade existe, é claro!
Ela se constrói, minuto a minuto, atitude por atitude, gesto por gesto.
Perder a felicidade e buscar se destruir é uma coisa que a cidade dá gratuitamente aos seus habitantes! Eles não são livres, estão sempre presos e confinados como gado: no trabalho, em casa, no shopping ou no trânsito.
A felicidade é ser livre!
Ser livre é viver apenas com o suficiente. Sem querer sempre mais, sem querer sempre mais e mais.
Ser livre é viver apenas com o que é suficiente para si e ter sempre um pouco para dar.
Seguirei agora na contramão para poder tomar o rumo certo.
Eu vi pessoas felizes!