sexta-feira, 13 de julho de 2012

vícios

Você não meu deu noites arábicas, mas me deu um sonho.
Mergulhei sem medo nos meus desejos, e fui.
Nenhum caminho, nenhuma trilha. Caminhei no escuro caminho das minhas sensações.
Levei anos até conseguir chegar até você. Eliminei de mim todo e qualquer resquício de alguma coisa boa que algum dia já existiu neste corpo.
E você me deu... NADA.
Mergulhei nesse nada. Não era lodo, não era água clara, não era um mar de bosta. Era eu mergulhando no que nada tive e no que sempre quis.
Tentei seguir algum caminho, fazer alguma conexão.
E você me deu, além de nada, palavras.
Ora doces, ora duras, ora novamente doces.
Agora te esqueci. Também esqueci de mim pelo caminho. Me perdi, mas não te deixo, não te esqueço, não te perco.
Será que te reconhecerei quando eu te ver de novo?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Imagine elefantes

"imagine elefantes, crie eles no seu íntimo, imagine suas pisadas, suas patas formando pegadas, não na terra poeirenta, nas estrelas."

Sua derme era escamada, flácida e ressecada mas, de qualquer forma, naquele momento, à despeito de tudo, ansiava e tremia, queria ser tocada, desejada, acariciada.
Não era algo desagradável tudo o que era repulsivo(?) e anti-estético(?) na sua aparência. Realmente não! Naquele momento ela era apenas desejável e sedutora.
Naquele momento o mundo se resumiu a nós dois: um fazendo a caridade ao outro, nos tocando e fingindo nos desejarmos.