quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A primeira onda

Quase esqueço o que é, mas não esqueço.
Como poderia?
Sei exatamente de cada passo, decorei os movimentos do caleidoscópio,
Sei exatamente como cada raio de luz sofre a difração nesse prisma
Mesmo assim ele me encanta.
Tenho todas as respostas possíveis para todas as perguntas que ainda não foram feitas, todas são suficientemente boas, mas nenhuma passa nem perto daquela que parece assumir a posição de verdade.
Por fim, vi você: o que é e como é.
E isso fez com que eu viajasse no tempo...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Elegância

Às vezes é necessário apenas uma palavra, apenas um gesto para que a gente possa encontrar toda a significação que procura.
Palavras soltas me intrigam, perguntas feitas de forma enigmática me intrigam da mesma forma.
No mais, gosto de ver o humano naquilo que é humano. Aparente miséria e doçura, com voz calma e pausada.
O humano no humano, para me ver para me reconhecer, como alguma coisa, como algo que seja um pouco mais que um animalzinho cercado e ávido por tralhas tecnológicas.
Queria que aquela única palavra escrita fosse justamente para mim. Queria que ela tivesse todo o peso da resposta que busco, queria que ela fosse cheia de significados. Voltar pra você, seus braços, assim como todo seu corpo que eu desejo, se abririam para mim?
Aqui estou, voltei...
Além do que não ficou, existe alguma coisa?
Ela apertou minha mão muito forte. Naquele momento não me senti nem só, nem abandonado, nem incômodo. Me senti forte.
Senti que poderia ampará-la numa caminhada que durasse séculos, apenas por ampará-la, sem nenhuma intenção oculta.
E, na mais fria das noites frias, uma palavra, que eu queria que fosse pra mim, veio direta como uma flexa.
Agora, novamente estou aqui!

"I want to catch something that I might be ashamed of"(frankly, Mr Shankly