segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sonhadores

(E um punhado de clichês é tudo do que precisamosC.C., Penny Century)

Ele, ela. Ela, ele.
Um só, dois.
Um não precisa estar dentro,
não precisa entrar, pois nunca sai de dentro.
A ninfa e o pã, sempre e sempre brincando.
O enorme apartamento é tão grande quanto o mundo,
Se não há o que se comer, se come o que se há.
Ele, ela, os filhos do poeta.
O mais belo poema composto.
Lindo ele achar lindo o sangue dela que vem apenas uma vez por mês
Lindo é tudo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

aprendendo a cuspir

Faço uma pergunta, a mesma forma como eu a elaboro eu utilizaria se fizesse uma afirmação. Mudo apenas a entonação para que você entenda meu questionamento.
Um ponto de interrogação (assim: ?) não sobre a minha cabeça, mas agora ao redor da sua. Questionamento que passa de mim para você.
Hã?
Queria que todo o questionamento fosse curto assim, fosse simples assim. Apenas uma breve interjeição de espanto.
Huh?
Toda boa questão, boa demais, precisa apenas de uma breve interjeição.
Sem perguntas longas, que iludem mais que perguntam, que respondem mais do que questionam e que nunca dizem realmente nada.
Apenas curtas interjeições.
Hein?
E depois sorrisos.
Nada mais que encanto.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Julho

"Draupadi, porque teimamos em duvidar quando recebemos uma grande alegria, esperando sempre que ela seja acompanhada de uma tristeza?"

Nós nunca sabemos do dia de amanhã, ele é sempre incerto, sempre nos reserva alguma surpresa.
Nós nunca, nunca sabemos de nada!
Nossa racionalidade?
Nossas precauções?
Nós nunca sabemos de nada!
Sempre julgamos o ontem pelo olhar do que temos hoje, sempre comparamos. E o bem que depositamos no amanhã é apenas o desejo de materialização do que imaginamos que seja um bem hoje.
Tão míopes, tão desorientados. Todos nós, pobres símios.