quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vary e Tatry

Na música Original Sin, Michael Hutchence canta com uma interpretação intensa:

"Dream on white boy, white boy

Dream on black girl, black girl

And wake up to a brand new day

To find your dreams are washed away"

Esta música foi lançada em 1983, Hutchence suicidou-se em 1997. Tempo que passa, tempo que vai. O garoto branco e a menina negra daquela época já despertaram paa o tal novo dia e tiveram a ingrata surpresa de que os sonhos foram todos arrancados.

Décadas que ressurgem na memória a cada vez que a música é tocada.

Eu despertei, depois do meu último sonho não tenho mais sonhos. Talvez por isso me sinta tão bem em dormir, talvez para viver um sonho novo.

1983, nessa já vão quase 30 anos.
1997, talvez michael estaja aonde sempre quis estar.

Afinal, só queremos sonhar. Queremos tão pouco e esse pouco sempre nos é tirado.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

My fair, my unfair

Domingo, dia de eleição.
Corpo enfiado até o pescoço na lama, São Paulo afundo cada dia mais.
Poucas escolhas ou, pra ser mais preciso, escolha nenhuma.
Que vença o menos pior. E que não destrua um pouco mais, um pouca ainda mais, nossa prostituta, cafetina, má e amada cidade.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Palavrório rebuscado e repleto de arabescos

Ora vamos!
Só a televisão acalma. Só a cama convida ao sono.Só a cama chama à reflexão.
Menina dos olhos tristes, do sorriso amarelo nada convincente, das meias-verdades inteiras; aonde está você?
Não me drogo, me jogo, respiro cem litros de fumaça tóxica por dia, minha vida é poema, é poesia tijolo-concretista, cheias de citações ao dadaísmo barroco.
Pilantra, idiota, cego, suicida.
Só petróleo e óleo escorrendo, lento e cada vez mais lento.
Triste, pífio, derrotado, mas ainda não morto.
Apenas despejando palavras.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Geometrida

Há uma crítica sobre a falsidade da palavra escrita, ela é pensada, ponderada, nunca é o pensamento em estado bruto.
Nunca será verdadeira, nunca será sincera.
A Filosofia pretende pensar sobre o pensamento, mas, na verdade, escreve infinitas linhas sobre palavras que foram escritas anteriormente.
Palavras que foram ponderadas, deturpadas, copiadas, refutadas etc.
Um dia talvez, com Sócrates e outras pessoas que apenas se deram ao trabalho de pensar e comunicar, a Filosofia teve alguma coisa de verdadeira.
Hoje ela é só palavras sobre palavras, discursos construídos em cima de discursos.
É sincera? É verdadeira?

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Maya

Maya é o demônio que constrói casulos e teias. Semelhante a uma aranha, Maya tenta esconder o mundo real, tenta manter o mundo real encoberto por suas camadas de teia.
O mundo encoberto de Maya é confortável, nele não há dor. Não é preciso agir, pelo contrário, a inação é que se torna necessária, para não romper as finas camadas de teia e se desvencilhar do sufocante, porém agradável casulo.
Escapar do casulo de Maya sempre significará uma escolha errada, difícil e dura, pois significa a negação e não significa negar o que é ruim, ao contrário, significa negar o que é bom, o que falsamente nos protege.
O mundo de hoje é o mundo de Maya.

(talvez o mundo, desde quando o homem começou a produzir cultura, seja o mundo de Maya)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

retentiva

Volta sempre, paira e ronda por aí.
Sempre quando eu estou mais fraco. Apaga a realidade e me joga num mundo difuso.
E eu sempre tenho medo. Porquê eu sempre tenho medo de você?
Misturo orações quando você chega, repito infinitamente Pais-Nossos.
A luz treme quando você chega, o som dos zumbidos aumenta de forma enlouquecedora.
Porquê você nunca me deixa definitivamente? Porquê nunca me esquece?
Quem jogou sua maldição em cima de mim?
O tempo passa, ninguém vem.
Por favor vá e suma para sempre.
Já não aguento mais, não sou mais aquele menino. Não percebe isso?
Já não tenho mais reação diante de você, apenas rezo e espero que você se vá para sempre.

Agosto, mês do cachorro louco, e o diabo a rondar o meu refúgio.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Distal/Proximal

Sem veias, sem sangue, sem sirenes nem acidentes.
Metonímias para representar o meu lugar e o seu lugar.
Conheci alguém com o mesmo raro sobrenome dela, que frequenta agora as mesmas salas que ela frequentou há dez anos, que levou até o fim algo que ela deixou pelo caminho, algo que ela abandonou.
Mas, agora eu não passo mais por aquele lugar também. Lá não faz mais parte dos meus dias atuais. O prédio, a grama e as sombras já contam outras histórias.
Ela se foi 2007, 2010, 2012.
O tempo passa para nós dois, nada fica.
Fica apenas o gosto de nada na boca, os enredos de novelas, as notícias sangrentas dos telejornais.
Gostaria de dizer que amo, mas não mais reconheço a coisa vermelha que corre em minhas veias. É suja? É podre? É viva?
Não sei, sei apenas que é vermelha, muito escura, quase preta e corre quente.
Meu lugar, seu lugar.
O mundo cada vez mais largado, tudo sujo, pichado e descascado.
Mofo e fungos nas paredes, emparedados.
Um espírito do frio e da umidade ronda, está sempre por perto. Destruindo a cada dia o pouco de esperança que ainda resta.
O raro sobrenome dela. Lembra tempestade e relâmpago. Luz intensa e rápida rasgando a escuridão.
O raro sobrenome dela, que se foi, deixou apenas a chuva fina, o frio e o relento.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

vícios

Você não meu deu noites arábicas, mas me deu um sonho.
Mergulhei sem medo nos meus desejos, e fui.
Nenhum caminho, nenhuma trilha. Caminhei no escuro caminho das minhas sensações.
Levei anos até conseguir chegar até você. Eliminei de mim todo e qualquer resquício de alguma coisa boa que algum dia já existiu neste corpo.
E você me deu... NADA.
Mergulhei nesse nada. Não era lodo, não era água clara, não era um mar de bosta. Era eu mergulhando no que nada tive e no que sempre quis.
Tentei seguir algum caminho, fazer alguma conexão.
E você me deu, além de nada, palavras.
Ora doces, ora duras, ora novamente doces.
Agora te esqueci. Também esqueci de mim pelo caminho. Me perdi, mas não te deixo, não te esqueço, não te perco.
Será que te reconhecerei quando eu te ver de novo?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Imagine elefantes

"imagine elefantes, crie eles no seu íntimo, imagine suas pisadas, suas patas formando pegadas, não na terra poeirenta, nas estrelas."

Sua derme era escamada, flácida e ressecada mas, de qualquer forma, naquele momento, à despeito de tudo, ansiava e tremia, queria ser tocada, desejada, acariciada.
Não era algo desagradável tudo o que era repulsivo(?) e anti-estético(?) na sua aparência. Realmente não! Naquele momento ela era apenas desejável e sedutora.
Naquele momento o mundo se resumiu a nós dois: um fazendo a caridade ao outro, nos tocando e fingindo nos desejarmos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Leitura

Preciso de um ledor. Um ledor para ler as minhas aventuras imaginárias.
Não preciso de leitor nem de leituras. É uma outra coisa!
Um ledor nunca compreenderá um: "mon cher, comment ça va?"
Um ledor sofre até para decifrar um letreiro de ônibus, seja pelo analfabetismo, pela pouca visão ou pela quase total cegueira.
Mas, o ledor me diz coisas que eu preciso ouvir. Coisas simplórias, mas necessárias. Ele lê o mundo na sua pouca instrução, na sua obviedade. Obviedade que deixamos de enxergar.
Preciso de um ledor para ler frases feitas, bobagens do senso-comum, para crer em superstições e temores religiosos.
Deixei de ser ledor, não me tornei um bom leitor.
Azar o meu: já não sei interpretar o mundo nem mais de uma forma e nem de outra.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Aos crentes no amor e na morte

(título inspirado em obra de Alphonsus de Guimaraens)

Quando eu costumava crer, acreditava que deveria pedir perdão. Sim, havia muito de que pedir perdão. Atos, ações, pensamentos, tudo em desacordo com Deus e perfeitamente de acordo com o meu tempo, no qual tudo é um produto, tudo está exposto e tudo está à venda.
Também tentavam me enfiar na cabeça que havia uma salvação, caminho para uma vida eterna. Nunca concebi nada perene, exceto o céu. Mas, aprendi que até as estrelas morrem. Então nada é eterno.
Salvação?
Pensava do que seria salvo.
Diziam que há uma danação eterna.
Pensava naqueles que vivem a danação efêmera na Terra e, como prêmio, ganhariam uma danação full-time (para todo o sempre, amém!).
Seria justo?
É fácil ser crente, como é fácil ser descrente.
Mas, há tantas perguntas sem respostas que é preferível jogar para um ente maior o peso da nossa infinita ignorância.
Hoje só sei de uma coisa: se faço e me arrependo, sei que o que fiz teve consequências próprias. Não há uma caderneta que me será apresentada quando eu partir dessa vida.
E isso torna a vida um pouco mais...

terça-feira, 12 de junho de 2012

não mais

Tudo dito, tudo falado. Bom mesmo é o silêncio, é vagar por ruas estranhas, é encontrar uma feira e comer um pastel. É ter sorte para encontrar um bom pastel.
Árvores fortes tornam-se frágeis, esperam por um vento que as derrube. Eu olho para essa árvore forte e temo por mim, pelo que será de mim quando essa árvore tombar. Mas, aprendi a ter esse dia como certo.
Talvez isto que seja envelhecer: ter como certo que os maus dias virão, esperá-los e temê-los.
Enquanto isso vagueio pelo mundo. À espera de um olhar, de um sorriso, de qualquer coisa sincera e não corrompida. Talvez, eu encontre (é quase certo que não).
Ainda assim, me sentarei à sombra dessa árvore. Antes que nada mais reste.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Eras

Imperceptível
Morrem flores, tempo passa
Um livro de filosofia é muito grande para ser lido inteiramente, ou mesmo em partes
Acho que eles são feitos para a gente rir, quando algum cretino enfia algum conceito muito complexo no meio de uma grande bobagem
Talvez saber só sirva pra isso: pra nos irritar com o falso saber

Indefinível
Luzes apagadas, Ataques Massivos
Sono profundo: mundo dos sonhos, me aprisione pra sempre
Preciso aprender a calcular
Apenas para me divertir fazendo contas
E tentar enxergar o mundo matemático (matematizável???)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nada mais mentiroso do que idealizar a infância como a fase mais feliz da vida de uma pessoa.
Uma criança não é mais do que um pequeno ser, totalmente dependente e com todas as suas reações e sentimentos extremados.
Para certos adultos uma criança não é mais do que um pequeno animal, inofensivo, totalmente à mercê, dada a sua total dependência, e desprovido de mágoas profundas ou rancores (esses só irão aflorar ao longo de toda a vida).
Sobreviver à infância é, geralmente, sobreviver ao inferno. Todos os adultos são seres humanos, afinal. Todos os adultos erram e acertam, mas, aos olhos de uma criança, eles nunca estão errados.
A mãe será sempre a mãe. Drogada, alcolizada ou simplesmente negligente ela será sempre o ponto de referência principal para qualquer indivíduo.
Enfim, é possível sobreviver ao inferno. Mas nunca se sai ileso dele.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

veja mais tv!

Mais uma vez o espetáculo midiático tenta requentar um velho crime causando outra vez 'comoção' nacional.
Um crime insosso, ocorrido nos confins de uma periferia qualquer, mas que ganhou imensa projeção pelo motivo da mídia ter feito um enorme circo em volta do conjunto habitacional no qual se passava a ação. Imensa projeção devido à inépcia policial em fazer uma ação rápida e eficaz para acabar logo com o show (claro! não se tratava do seqüestro da filha do Sílvio Santos, o que causaria temor entre as elites).
Show arrastado, cheio de erros e com todos esperando o desfecho trágico (aliás, a longa demora de cinco dias encheu os espectadores - e a mídia -, era preciso que um cadáver, ou vários, saíssem do prédio). Pois é: da periferia não pode sair outra coisa senão tragédia!
Agora, arma-se o circo todo novamente. Outra vez tenta-se fazer a comoção nacional. Entrevista com advogados, mesas redondas com juristas, mastigação de termos técnicos, apenas para o povão ter o discurso pronto na ponta da língua, pra qualquer um ser o 'excelentíssimo juiz' nas discussões de botequim.
Um advogado de acusação (não sei se da Promotoria, pois não acompanho o caso a fundo) disse que o jovem era um 'calculista'. Vejam só, uma ação impensada dessa é calculada friamente!
Todos sabem que não é necessário ser um Jack Estripador para dar um sumiço numa pessoa sem ser incomodado pela lei. Lógico, se essa vítima for um pobre coitado, pois, como todos nós sabemos, só crime contra rico é investigado nesta terra.
Enfim, quem quiser que aproveite o show!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Chauve-Souris

Batman sempre foi o herói herói.
Seus inimigos eram aberrações saídas de um circo de horrores. Um patético Pingüim, um egocêntrico Charada e, o melhor de todos, o cínico (e mesmo um pouco masoquista) Coringa.
Suas estórias eram sempre passadas no cair da noite, quando as pessoas iam se abrigar nas suas casas e as ruas eram dominadas pela escória.
Um herói herói, que batia, batia, espancava, mas nunca matava suas vítimas: os seres mais caricatos e pérfidos que se possam imaginar.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quimerismo

Sempre me pergunto qual a intensidade de exposição a um vírus que uma pessoa deve sofrer para ser infectada?
Nunca tive medo de morrer, apenas não quis morrer cedo imaginando que estaria desperdiçando um futuro glorioso. Porém, o futuro nunca chegou.
Agora o medo foi embora, junto com o futuro.
E o que fica é a certeza da morte.
Um vírus? uma bala? um atropelamento?
Tanto faz.
Morrer gozando ou gozar morrendo?
Também tanto faz.

"morrer é leve como uma pena, viver é pesado como uma montanha"

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

simulacra

simulacrum is always right; you are always wrong. (exceção feita ao simulacrum, retirei esta frase da internet. Bem interessante!)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mon Salai II

A mente humana tem a incrível capacidade de criar ficção. Talvez, a razão não seja mais do que isto: criar ficções em cima do 'real'. Mas, o que vem a ser o 'real'? Aprendemos a compreender 'realista' como conforme. Já que a 'realidade' é um tanto dura, temos que nos conformar à ela. Mas, devemos tratar aqui da imensa capacidade da mente criar ficções. Duas grandes ficções nos movem (favoravel ou contrariamente): deus e o amor. Deus é uma grande ficção a partir do momento em que começam a utilizarem dele para expressar grandes bobagens, muito em voga em nossas terras, para lucrarem bastente através da boa fé dos menos esclarecidos. Que o digam os pastores eletrônicos que se super-expõem fazendo lavagem cerebral em alguns e causando náuseas ao restante das pessoas. A ideia de deus não é de todo má, ao contrário, ela é bem interessante. Mas, com as religiões monoteístas, ou mesmo as religões sem deus, ela tornou-se um tanto afastada do homem. O homem tem que necessariamente recorrer a um intercessor, um porta-voz para fazer a simples comunicação com deus que ele poderia fazer a qualqer hora e em qualquer lugar. Suas manias, excentricidades e singularidades recebem o nome de pecados etc etc. A Filosofia, para aqueles que ainda insistem em aceitar deus como sendo uma ideia razoável (olha aí a maldita 'razão' de novo), oferece duas boas afirmações que, ao mesmo tempo nos fazem sentir bem com a ideia de que existe um deus perambulando por aí: A primeira é a de que deus, se existe, está muito ocupado com ele próprio que pouco está ligando para os meus, os seus ou os nossos problemas. Isso é confortante! A segunda, e essa se aplica para dimunuir o sentimento de culpa daqueles que acham que os milagreiros de plantão não passam de um bando de charlatões. A afirmação é que milagres são atos livres da vontade de deus, que vão contra as regras ou leis por ele estabelecidas. Ou seja, milagres não são para existir e ,se existirem, têm que ser coisas realmente grandiosas. Enfim. (na onda revival - revival não, pois eles continuam bem vivos - anos 80: Bolshoi, Tears for Fears e Talking Heads)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mon Salai

(o título desta postagem é provavelmente o verdadeiro nome de um famoso quadro para o qual o pintor teria se utilizado de um anagrama) Toca Yes! boa banda, ótimos vocais. O ano? 1986. Muito rock, rock do bom: Supertramp, The Clash e a voz inconfundível de Lloyd Cole. Por aqui havia rock do bom fazndo malabarismo para driblar o restinho de censura que ainda pairava no ar. Nesses anos cresci. Nada era simples, nada era fácil. Salário baixo, inflação e muito desemprego. Tudo era caro, tudo era inacessível. Mas as ruas eram nossas. Hoje está tudo tão fácil, tudo tão perto. Naquela época eram cinco fichas telefônicas pra quinze minutos de ligação, fila no único orelhão do bairro que fazia DDD. Uma ficha no fliperama para fazer inveja aos garotos que não podiam pagar por uma ficha e ficavam implorando por uma jogada, com aquela cara de "pidão". E dá-lhe rock. A vida tinha trilha sonora. Tinha Morrissey e Paul Weller.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

dia escuro

De repente eu não falo mais com você. Cansei! Ver você recém-saído da maternidade foi pra mim uma grande alegria, talvez a maior alegria que eu tive. Por um longo tempo fomos os dois melhores amigos. Sua natureza sempre foi difícil, complicada, de uma auto-suficiência que se funda na arrogância das opiniões vazias de significado e cheias de preconceitos do senso comum. Com o tempo essa natureza se apossou completamente de você, então rompemos. Do mesmo jeito que você foi dragado pelas sombras, e nelas se acomodou, eu faço a minha busca incessante pelo aclaramento. Rompemos. Ruptura que deixou pra trás toda a alegria daquelas tardes cinzas que os anos fazem questão de nos fazer esquecer.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012