terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

veja mais tv!

Mais uma vez o espetáculo midiático tenta requentar um velho crime causando outra vez 'comoção' nacional.
Um crime insosso, ocorrido nos confins de uma periferia qualquer, mas que ganhou imensa projeção pelo motivo da mídia ter feito um enorme circo em volta do conjunto habitacional no qual se passava a ação. Imensa projeção devido à inépcia policial em fazer uma ação rápida e eficaz para acabar logo com o show (claro! não se tratava do seqüestro da filha do Sílvio Santos, o que causaria temor entre as elites).
Show arrastado, cheio de erros e com todos esperando o desfecho trágico (aliás, a longa demora de cinco dias encheu os espectadores - e a mídia -, era preciso que um cadáver, ou vários, saíssem do prédio). Pois é: da periferia não pode sair outra coisa senão tragédia!
Agora, arma-se o circo todo novamente. Outra vez tenta-se fazer a comoção nacional. Entrevista com advogados, mesas redondas com juristas, mastigação de termos técnicos, apenas para o povão ter o discurso pronto na ponta da língua, pra qualquer um ser o 'excelentíssimo juiz' nas discussões de botequim.
Um advogado de acusação (não sei se da Promotoria, pois não acompanho o caso a fundo) disse que o jovem era um 'calculista'. Vejam só, uma ação impensada dessa é calculada friamente!
Todos sabem que não é necessário ser um Jack Estripador para dar um sumiço numa pessoa sem ser incomodado pela lei. Lógico, se essa vítima for um pobre coitado, pois, como todos nós sabemos, só crime contra rico é investigado nesta terra.
Enfim, quem quiser que aproveite o show!

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