sábado, 13 de fevereiro de 2010

Paciência

sábado, 13 de fevereiro de 2010
11:32


Avaliando as coisas da última semana pra cá, percebi que o que me oprime é o confinamento.
Nesta cidade vivemos confinados, presos, esperando, indo incessantemente de lá para cá.
A vida precisa de amplitude, os horizontes precisam ser alargados. A vista de uma janela de 1mx0,50m é muito pouco, é preciso mais.
Uma estrada infinitamente grande, ver onde as nuvens tocam o chão, ver lá longe, onde a terra se curva, ver as luzes da cidade ao longe.
O homem não merece o que a cidade oferece a ele.
O paulistano não merece o que os seus governantes lhes dão. O medo, a pressa, a perda de tempo, o ar imundo, a cidade imunda e descuidada e o risco a cada saída de casa.
Merecemos mais!
Será que a única saída para a cidade é a saída da cidade?
Espero que não. É impossível não ter um caso de amor por esta cidade, tão cheia de possibilidades e de novidades a cada olhar, a cada esquina e em cada face.

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