sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
E nada mais importa
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
21:44
Nenhum embuste me engana mais, nenhum fósforo aceso pode atear fogo à gasolina congelada de uma só vez! A combustão é lenta...
Risco um, risco dois e três. Apagam-se os fósforos, perco todas as apostas.
E o resto é petróleo escorrendo, lento, na pista.
Seus embustes não mais me enganam! Nenhum deles! Nem mesmo os seus golpes mais baixos.
Tudo o que eu quero, agora, é atear fogo em tudo, é ver tudo queimando ao sol.
Tudo é risco, tudo é o que eu arrisco. E o tanque cheio anseia pela combustão.
Volátil gás, voláteis paixões. Gás inflamável na placa. Gás que não queima, não queima, não explode.
Há impostores por todos os lugares: você e todos os outros. E nada queima.
Seu fogo, sua combustão instantânea, sua explosão! Tudo falso. Explosão tímida de um balão de gás.
E eu me arrisco riscando fósforos e tentando atear fogo à gasolina congelada.
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