sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Inccidia

O primeiro sonho que tive com você foi mais real do que vários acontecimentos, estávamos conversando em uma escadaria, não era um assunto muito bom, mas ao menos conseguíamos sorrir, ao menos tínhamos motivos para sair.
Depois vieram outros sonhos e mais outros, sonhos recorrentes e devaneios, em inglês existem palavras ótimas para definir esses sonhos (restless dreams, daydreaming etc).
Até minha realidade se torna difusa quando o assunto é você: você é a página arrancada do livro (justamente aquela página que é vital para a compreensão da história), você é a variável que falta para a equação ser resolvida, você é a palavra que é a coisa (você é a palavra que salta do puro conceito para a realidade).
Vivo preso no mundo das palavras, mas as palavras sozinhas não são mais do que palavras.
Não existem palavras mágicas: repetir um bilhão de vezes seu nome ou escrevê-lo infinitamente nunca fará com que a palavra tome a sua forma. Você é o que eu quero saber, seu nome é tudo o que tenho.
Não existem palavras mágicas. Hocus pocus nunca te trarão até mim.
Sonhos são bonitos, neles podemos ser, não há contradição, não há censura e eles sempre voltam, sejam os bons ou os ruins.
Poderia recortar seu nome em milhões de papéizinhos coloridos e fazer em cada qual uma prece, mas nem isso traria você pra mim.

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