terça-feira, 31 de maio de 2011

O brilho tímido e pálido de algumas estrelas azuis

"Cada tempo escolhe as psicopatologias das quais irá sofrer" (C. L.-S.).
A frase é bem antiga, mas é muito válida.
Por detrás da cortina é possível identificar a farsa.
Não há quebras de tabus, eles são apenas redefinidos. Isso porque nossa principal referência de cultura (aquela que lança e destrói as tendências que estarão na ordem do dia: os modismos) é uma sociedade cheia de tabus.
O autêntico escapa a tudo isso.
Por isso que o autêntico nos é tão estranho.
Ele não precisa se adequar, ele não se adequa, está fora de tudo isso, de todo esse lixo. Por isso ele tem um brilho tão intenso e indecifrável, que nos atrai e nos afasta com o mesmo poder mortífero. O poder de aniquilar o nosso confortável nihilismo. De nos apresentar uma razão.
Ele nos é estranho apenas por ser ele mesmo, ele não é e nem precisará ser outra coisa. Não é dele caber no nosso estreito entendimento de cabecinhas moldadas para agirem de tal ou tal modo, para, por meio de um jogo perverso de inculcações, poder, a cada época, separar NORMAL e ANORMAL.

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