domingo, 2 de agosto de 2009

O direito à Felicidade

O que faz o homem diferente dos outros seres que caminham sobre a Terra?
Os outros seres vivem, tentam aumentar ao máximo sua curta existência, copulam, fazem parte de um bando ou manada, lutam incessantemente entre si para ver quem será o alfa (o dominante) e que escolherá as melhores fêmeas, mas também terá que conduzir o bando.
Os animais se importam com a Felicidade? Será que acordam algum dia com mau-humor? Ou será que eles apenas fazem sua busca em defesa de sua sobrevivência (alimento, sexo e descanso seguro)?
Por que o homem, além de tudo isso ainda quer ser feliz?
Sou um homem também, e a idéia (ou o sonho) de ser feliz povoa minha cabeça.
Mas, por que feliz?
Será que é para dar um significado à existência?
Parando para pensar que no mundo já chegamos na casa dos sete bilhões de pessoas, parece impossível que todos recebam sua parte de amor, de reconhecimento e de felicidade.
Parece ser gente de mais para alegrias de menos.
Sete bilhões de pessoas querendo ser estimadas, ouvidas, compreendidas, amadas. Sete bilhões de ostrinhas querendo expor seus universos para outras ostrinhas.
Pessoas complicadas!
Eu não quero passar sem amor ou sem felicidade, toda vez que olho pra trás e vi que estava sozinho eu me sinto prisioneiro do tempo. Sinto ele passar ligeiro como areia numa ampulheta.
Mas eu, assim como todos os outros, tenho direito à tal Felicidade?
É uma pena, mas como tudo na vida não é questão de mérito, de sorte ou de escolha. É uma questão inexplicável, de um bom encontro, que nós não sabemos se foi marcado ao acaso ou se estava agendado desde quando nós eramos apenas particulazinhas de energia cósmica vagando por aí.

"I want to live and I want to Love
I want to catch something that I might be ashamed of"

(Frankly Mr Shankly - ouvindo e fazendo rabisco no vidro embaçado)

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