domingo, 11 de outubro de 2009

(em busca de...)

Postagem original: Segunda-feira, 8 de Setembro de 2008

(em busca de...)
Ela oferece um espetáculo verborrágico, fala sobre tudo de uma forma tão atrapalhada, como se fosse uma avalanche.
Eu faço a arqueologia de suas palavras, entre os escombros e entulhos de suas idéias brutas eu tento encontrar os vestígios daquilo que se esconde debaixo de sua fala.
Ela me atormenta, penso nela ao longo de todas as horas do dia.
Eu a vejo de forma bissexta, e toda vez que a vejo eu faço o mesmo ritual: baixo a cabeça para que ela não leia a verdade em meus olhos, e sempre perco o momento de finalizar a farsa.
Estranho, quando ela se aproxima tudo que eu desejo é que ela mantenha uma distância segura de mim. Uma distância que me mantenha seguro dela.

A vida é uma bobagem necessária. Uma tremenda bobagem.
Poderia dispender todo meu tempo apenas observando a vida através de uma janela.
Enquanto isso, em algum outro lugar, ela sonha com um beijo de cinema.
Seria meu esse beijo cinematográfico? Sim, seria eu!

Ela solta palavras, num belo espetáculo verborrágico, mas, de repente, suas palavras se estacam e ela emudece. Grandes olhos mudos e arregalados. Toda a avalanche de palavras bloqueadas.
Eu apenas peço: Por favor, continue!

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