sábado, 17 de outubro de 2009

Sun tears

Segunda-feira, Julho 16, 2007

sun tears

Ora, o que nasce fica vivo em algum lugar: naquele lugar, num outro lugar ou num lugar qualquer, tanto faz.

O que nasce, continua vivo. Mesmo que esquecido num canto.

Ela fazia click com a caneta, seus olhos impacientes e grandes transpareciam uma doçura que contrastava com sua pressa em ver as coisas resolvidas.

Não queria escrever, não tenho coisas para escrever.

Ela mexia com o cabelo de um jeito bonito, aquele jeito que as menininhas mexem quando assistem programa de misses. Como Miss Sarajevo ou Miss Sunshine, ela me faz minha vida parecer videoclip, ser colorida e não preto e branco.

Hoje o sol não brilhou, e eu não consegui montar nenhum gráfico também. Apenas joguei dados estatísticos numa tabela chata de fazer.

Na televisão, a menina da ginástica sente a pressão, se desconcentra e perde o pódio certo. Nada é garantido nessa vida!

Não sirvo pra escrever uma linha, não sou bom nisso. Mas escrevo, escrevo e escrevo.

Ela me pergunta de quê eu estou rindo, o que me faz feliz.

Eu respondo, com um sorriso maior ainda:

"Das voltas que o mundo dá!"

O que nasceu continua vivo, em qualquer canto.

Queria escrever a mesma coisa todos os dias, e todos dias ver nessa mesma coisa escrita um significado diferente.

Ela coça a cabeça e ri incrédula.

Eu olho praqueles dois olhos e me desmancho todo.

E o mundo inteiro é menos importante que aquele olhar.

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