sábado, 31 de outubro de 2009

sobrevoo (palavra estranha da língua que aceita o encontro de vogais iguais)

Existe, no espaço, corpos fantásticos conhecidos como pulsares, são estrelas que se expandem e se contraem em intervalos regulares (pulsos).
Parecem enormes corações brilhantes batendo solitários na vastidão do espaço.


Liberdade

- E agora que sou livre, o que é que vou fazer? - ela pensa.
Foi tão difícil conquistar a liberdade, foi tão difícil ter o direito de dizer o que quisesse, de escolher entre responder e ficar calada.
E agora, o que fazer?
A noção e o senso de liberdade provocavam sensações contraditórias.
Tudo muito confuso para ela.
Liberdade rima com solidão? Sabia-se livre, mas sentia-se solitária.
Mas não se importava com isso, pelo menos não muito.
Sabia que precisaria, antes de tudo, abrir os braços o mais amplo que pudesse, para poder respirar fundo e se sentir ela mesma.
Enfim, era livre!
Não carregava mais o peso de todas as gerações em suas costas, o peso do passado e das tradições, o peso das cobranças exageradas.
Era livre agora, então resolveu comemorar sua liberdade com uma garrafa de soda limonada e um copo americano num pequeno bar perdido na imensidão da cidade que não para.
Que não para para ver o sorriso de uma mulher verdadeiramente livre.

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